Resultados




Resultados

O Projeto conseguiu, em apenas seis meses, elevar em cerca de 33% o índice nacional de transparência sem o ajuizamento de qualquer ação judicial. O resultado é bastante expressivo, principalmente levando-se em conta que não traduz os efeitos positivos que ainda virão com a segunda divulgação do ranking e a propositura das ações civis públicas.

2a avaliacao comparacao mapa

 

Índice de Transparência
(Governos Municipais)

indice transparencia media municipal comparacao

Índice de Transparência
(Capitais)

indice transparencia media capitais comparacao

Índice de Transparência
(Governos Estaduais)

indice-transparencia-media-estadual-comparacao.png

 

Nesse curto período de tempo, pôde-se observar uma significativa mudança do gráfico de notas por faixas. Se na primeira avaliação foi detectado um alto número de notas zero e pouquíssimas notas 9 e 10, na segunda avaliação a tendência se inverteu, fazendo com que o número de municípios no topo do ranking fosse maior do que aqueles que sequer possuem site na internet ainda.

 

total de avaliados por faixa de nota comparacao

 

O resultado acima é explicado pelo fato de que em 26 dos 27 estados houve evolução nas médias municipais, conforme gráfico abaixo:

governos-municipais-evolucao.png

 

Em alguns estados a evolução dos municípios foi impressionante, como no estado do Piauí, que evoluiu 418,39% nesse período, seguido de Maranhão (137,64%) e Tocantins (100,59%). Em outros estados a evolução foi menor, mas igualmente importante.

Amostra de que o trabalho do MPF teve boa aceitação entre os entes públicos é o fato de que o número de municípios que cumpriram o checklist e tiraram nota 10 saltou de 8 para 127. Vários se esforçaram para cumprir todos os itens previstos no questionário, de modo a ficar em 1º lugar do ranking. Dentre os municípios que tiraram nota 10, os 20 municípios que mais evoluíram foram:

 

15-maiores-evolucoes-com-nota-10-na-2a-avaliacao.png

 

Nos governos estaduais houve evolução também, mas não tão significativa, com alguns estados piorando de nota em comparação à 1ª avaliação:

 

governos-estaduais-evolucao.png

 

Não estão incluídas aí as melhorias que serão promovidas nos portais da transparência em razão da divulgação do 2º ranking e da propositura das 1.987 ações civis públicas de forma coordenada em todo o país no dia 08/06/2016.

São esperados avanços ainda maiores pois, conforme se comprovou na primeira etapa do Projeto, a utilização de dois mecanismos de cobrança – um jurídico e um político – tem resultados muito promissores.

O instrumento jurídico, tradicional e já de conhecido uso, se fez presente por meio do encaminhamento de mais de 3.000 recomendações a estados e municípios, cientificando-os dos pontos a corrigir em seus portais, e da propositura de 1.987 ações civis públicas por procuradores da República de todo o país atuando em rede de forma simultânea.

Já o político se materializou por meio da divulgação dos rankings, que têm como objetivo expor os gestores inadimplentes com as normas (“name and shame”), cumprindo as lacunas que o processo judicial, com seu natural tempo de transcurso, deixa.

A utilização dos ambos mecanismos foi essencial para o sucesso do Projeto, uma vez que são complementares - os rankings, com a qualidade de possuir efeitos imediatos visíveis, e as ações judiciais, que possuem força impositiva e de cuja sanção não poderão estados e municípios inadimplentes escapar.

Ainda com relação às decisões judiciais, todas estão sendo armazenadas em um endereço na nuvem (bit.ly/jurisprudencia_transparencia) e alimentadas de forma coletiva por procuradores da República de todo o Brasil. Com isso, juízes que tiverem acesso aos autos poderão se socorrer das fundamentações de outros magistrados do país, criando um movimento uno do judiciário a favor das Leis da Transparência.